quinta-feira, abril 15, 2004

Não é de hoje que eu sei que tenho problemas sérios com perdas. Nada relacionado a perda de emprego ou qualquer outra coisa mais material. O que me atinge é a parte emocional. Fim de namoro, término de amizade, final de relacionamento, qualquer que seja ele. Eu fico mal mesmo. Meu mundo por vezes parece ruir. O investimento afetivo que eu emprego em qualquer relacionamento é tal que não prevê de forma alguma que aquilo seja finito - e por que haveria de ser?
Quando a perda se dá de forma lenta, meio que com avisos prévios, adoecimento, internações, problemas no convívio diário, distanciamento, é como se o sofrimento ficasse diluído. Mas quando ocorre de forma abrupta, fica-se sempre com a impressão de que ficou muito sem ser vivido, muito sem ser dito, muito sem ser sentido. E tudo sem ser entendido.



Me perdoe por não ter conseguido fazer de seus últimos momentos momentos dignos de você, alegre, sempre. Mas nós sabemos que fiz tudo o que estava ao meu alcance para minimizar ao menos seu sofrimento. E espero que agora você tenha voltado a dar alegria a todos ao seu redor. Pois por aqui, você deixou muita gente triste em não poder mais conviver com você, e isso só deixa claro o quão bem você fez a tantos.