quarta-feira, junho 30, 2004
Estranheza
Sei das muitas coisas de que o ser humano é capaz. Todo e qualquer ato praticado por um ser humano pode e deve ser considerado como próprio dele, no sentido de que, se foi capaz de fazer, é inerente.
Digo isso porque sei de (quase - vá lá) todos os tipos de situações que são capazes de excitar sexualmente alguém. Por ser um assunto tão, digamos, prazeroso, me interesso e vou a fundo nas leituras e conversas.
Enquanto eu tenho certas descrições e comentários apenas em livros, site e revistas, o simples saber de que aquilo é possível é algo que acho natural. Mas tudo se torna bem diferente quando ouço de alguém bastante próximo relatos de determinadas ações.
Muda de figura quando alguém do meu convívio passa a me dar detalhes de atuações escatológicas e as trata como excitantes ao extremo.
Eu me assusto.
He-hey!!! Sou humana, after all!!! Risos...
terça-feira, junho 29, 2004
Recados
Normal Girl: estou sentindo falta das suas escritas. Dê um jeito de voltar à ativa.
Ruivo: você está muito sumido. Não tenho nem idéia se você já embarcou pra Grécia ou não. Dê notícias, rápido!
Mineiro: tenho tido o cuidado de verificar. E você sequer tem aparecido por aqui, de forma que não posso nem me dar ao trabalho de lhe escrever um recado. Que pena...
Borbô: estou indo assinar o contrato amanhã. Se eu tiver alguma dúvida, pode esperar notícias minhas, viu?
Evil Twin: sei que andas por perto, mas pelo visto optas apenas por espiar, sem dar mais sinais de vida. Está tudo bem?
Merlin: não tem mais nenhum texto na manga pra mandar?
Princesa Ju: não se esqueça de avisar quando estiver na terrinha, viu?
Sérgio: muuuuiitoo obrigada pela Happy Together, tá? Vou gastar de tanto ouvir.
terça-feira, junho 22, 2004
Heureca!!!
Ontem, depois de quase um mês pensando sobre o assunto, algo me caiu. E o mais engraçado. Assistindo a um seriado que, por mais que a sinopse me agrade, eu nunca lembro de ver, sei lá porquê.
"I'm with her" passa na Warner, toda segunda, e fala de uma atriz famosa que se apaixona, e é correspondida por Ele, por um professor de escola de segundo grau. Ontem foi o final da temporada.
Mundos diferentes, expectativas de vida diferentes. Sei que ambos se empolgaram e resolveram morar juntos, obviamente, na casa dela, que tem visivelmente mais condições financeiras. E é aí que começaram as distinções mais gritantes. Ambos se curtem muito, mas Ela se sente invadida com a presença dele. Ele, por outro lado, tenta se fazer à vontade, apesar de não se identificar com nada na casa.
Na conversa dela com a irmã, reclama que Ele está muito à vontade. É justamente quando a irmã pergunta: não deveria ser assim mesmo? Nesse ponto, Ela descobre um artefato que não fazia parte de sua mobília original: um gato de madeira, postado em cima da lareira. E, ao fazer menção de retirá-lo, Ele, de imediato, reclama. E diz que é a única coisa naquela casa que o faz se sentir menos invasor.
Foi quando caiu a minha ficha. A vida inteira eu quis fazer meus planos independentemente de ter um homem pra com quem dividir as coisas. E trilhei sempre esse caminho. Hoje, percebo que vou cair exatamente na situação do seriado: vou montar minha vida sozinha, e depois agregar alguém. E isso não vai ser uma vida conjunta. Vai ser alguém vivendo a minha vida comigo.
Será que é isso mesmo que eu quero?
quinta-feira, junho 17, 2004
Quanto tempo?
E quatro meses é pouco tempo pra se pensar em mudar de vida?
Quanto tempo é tempo suficiente para mudar radicalmente seu rumo?
Será o tempo a melhor medida para esses assuntos?
Do dia pra noite, a decisão é tomada. Num estalo. Mas nada impensado. Muito ao contrário. Talvez adiado por tempo demais. Agora, precipitou-se. Tudo.
E que os anjos digam amém!
segunda-feira, junho 07, 2004
Sobre mais fortes e mais fracos...
Era noite. A moto passa. Nela, se lê: motorista, seja amigo do motoqueiro: não mude de faixa. De fato, se os motoristas tivessem um pouco mais de respeito para com as motos que circulam diariamente pelas ruas da cidade, o número de acidentes cairia drasticamente. E, em contrapartida, se os motoqueiros se arriscassem menos em ultrapassagens desnecessárias, muitas vidas seriam salvas.
Passam-se alguns metros, e um amontoado é visto ao longe. A motorista reduz, para não ser pega desprevenida, caso o "amontoado" resolva cruzar a pista inadvertidamente. A redução de velocidade se mostra de fato necessária, pois há um homem caído, ao lado de uma moto, e em segundos, este se arrasta para sair da pista e evitar ser ainda atropelado. Ela pára o carro no meio da pista, pisca-alerta ligado, na tentativa de alertar aos outros motoristas do risco logo adiante. Em vão. Um carro vem em alta velocidade e tem que frear bruscamente. Uma outra moto, vindo logo atrás deste, quase não consegue evitar uma batida, e as rodas deslizam pelo asfalto, travadas. Seriam dois acidentes, caso não fossem alertados. A moto já caída é retirada da pista, liberando o trânsito, com seus motoristas e motoqueiros impacientes de esperar por longos 20 segundos.
Ao se aproximar da moto na calçada, logo abaixo da placa, lê-se: motorista, seja amigo do motoqueiro: não mude de faixa. Numa dessas tristes coincidências da vida, um motorista resolveu não ser amigo deste motoqueiro: mudou de faixa sem avisar, jogando-o contra a divisória da pista, e fazendo com que um dedo seu fosse arrancado, e sua coluna, fraturada.
Até onde vai a pressa do ser humano? Até onde pode chegar a imprudência de um ser na condução de um veículo que tem o poder de matar? Será que a vida vale tão pouco assim? Vale à pena arriscar tanto???
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