sexta-feira, junho 24, 2005
Religião
Europa: Na Romênia, um padre e quatro freiras estão sendo acusados de crucificar uma freira sob a alegação de que esta estaria possuída pelo diabo. Ela ficou amarrada e amordaçada, sem comida ou água, e morreu em alguns dias. Eles alegam que nada fizeram além de suas funções: lutar contra o diabo. Naquele país, a igreja católica é extremamente ortodoxa e também acusada de ser tolerante com as ações medievais praticadas por seus integrantes. EUA: Quarenta anos depois do assassinato de 3 militantes dos direitos civis em Mississippi, estado ao sul dos EUA, Edgar Ray Killen, de 80 anos, ex-líder da Ku Klux Klan (KKK), foi condenado a 60 anos de prisão (20 para cada morte julgada), e deverá cumprir o resto de seus dias numa prisão de alta segurança. Ele não foi condenado no primeiro julgamento, juntamente com seus colegas ? todos condenados ? em 1964, porque uma das pessoas do juri alegou não poder condenar um pastor de igreja. Espírito Santo: Um advogado, Beline José Salles Ramos, acusado de estar envolvido em escândalos diversos, de formação de quadrilha e sonegação fiscal, é pastor de igreja. E um outro pastor da mesma igreja deu entrevista afirmando que ele, Beline, seria incapaz de tais crimes, por ser pastor. O juiz Antônio Leopoldo Teixeira, pastor da mesma igreja, acusado de mandar matar um colega de profissão, também é defendido veementemente pelos companheiros de igreja.
E assim é/está o mundo. Ser líder de igreja te dá imunidade perante à sociedade. Daí a você ter imunidade perante à justiça é um pulo, né?
sexta-feira, junho 03, 2005
Evolução da humanidade
Cadela de rua salva menino de rottweiler no RS
03/06/2005 - 08:46:50 Redação Terra O estudante Dirceu Felipe, 9 anos, foi salvo na última quarta-feira por uma cadela de rua do ataque de um rottweiler, no bairro Esperança, em Erechim (RS).Felipe esperava o ônibus para ir à escola na frente de casa quando teria sido surpreendido pelo ataque do animal. Antes que fosse alcançado pela mandíbula da cachorra, a cadela de rua, que vive nas proximidades, saltou sobre o rottweiler, defendendo o menino. O garoto gritou por socorro. A avó o fez entrar em casa.O pelotão ambiental da Brigada Militar foi chamado pelos vizinhos e socorreu a cadela que ficou machucada, caída à beira da estrada. O próprio dono da rottweiler levou a vira-lata à clínica veterinária e arcou com os custos do tratamento.Ontem, o caso gerava polêmica no bairro. Os moradores reclamam que o cão costuma ficar solto e temem que volte a atacar. Uma investigação está sendo feita pelo pelotão ambiental, e um inquérito policial foi instaurado. (http://gazetaonline.globo.com/minutoaminuto/nacional/index_materia.php?cd_matia=51457&cd_site=0)
Diante da notícia acima, fico pensando em como o ser humano está atrasado em seu desenvolvimento. Uma cadela de rua, que viu o perigo que a criança corria diante do ataque, não hesitou em se colocar no caminho do ataque. Essa cadela não conhecia a criança, não tinha vínculos afetivos para com ela. Mas reconheceu nela uma fragilidade imensa diante do ataque. O ser humano não é capaz disso. Minto, é sim. Mas não o faz. Se percebemos alguém que amamos em uma situação de perigo, somos capazes de fazer muita coisa. Histórias circulam de que uma mãe foi capaz de desvirar o carro capotado sozinha para conseguir retirar o filho dos escombros. Filhos se oferecem para trocar de lugar com os pais em casos de seqüestro. Maridos atacam assaltantes de sua mulheres, mesmo que estes estejam armados. Mas se não há vínculo afetivo com quem corre perigo, será que essa força toda surge? Será que essa vitalidade, essa vontade de impedir o ataque, qualquer que seja, vai surgir e o homem será capaz de livrar o outro? Quem aqui se colocaria na linha do ataque de um cão se este estivesse se direcionando a alguém que amamos? E quem faria o mesmo por um ilustre desconhecido?
Ao final, ao menos o dono do rotweiller teve a consciência de levar a cadela defensora ao veterinário e arcar com as despesas.
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